G1 pega 'carona virtual' na van da cantora e compositora do Norte de Minas após o lançamento do álbum 'De Primeira'. Ouça podcast com entrevista e faixa a faixa.
Quando "De Primeira" saiu em agosto, quem gosta de música brasileira passou a ouvir o álbum de Marina Sena em looping, sonhando com uma tarde ensolarada de festival.
As músicas que falam de amor com arranjos tropicais e clara influência do pop latino (alô, Kali Uchis) credenciam a cantora mineira de 24 anos ao título de revelação do pop brasileiro de 2021.
A vontade de cantar e trabalhar com música vem desde de cedo e chegou a ser confundida com "esquisitice" para uma criança de Taiobeiras, no norte de Minas Gerais.
Marina passou em uma etapa da seletiva do "The Voice Brasil", aos 17 anos, e viu como um sinal de que poderia tentar uma carreira, de fato. Mudou-se para Montes Claros, onde começou a Outra Banda da Lua. O projeto foi a ponte até a formação de outro grupo, o Rosa Neon.
Ambos não existem mais, mas foram espaços nos quais compôs e cantou músicas conhecidas de quem curte uma MPB mais alternativa, como "Cavalaria" e "Ombrim".
"Eu já era muito 'artistinha' assim, mas achava que era esquisita. Depois que falei: não, sou artista, justificando a minha esquisitice porque era muito expressiva, muito chamativa"Amor está no ar
Uma paixão que não é para acontecer, a vontade de uma pegação e até um término de relacionamento já viraram música na mão de Marina. Ela brinca que até tenta cantar sobre outros assuntos diferentes, mas é difícil.
"Sou uma pessoa que sente muito, vou sempre falar disso, não tem jeito. Toda hora eu começo a fazer uma música falando: 'Eu não vou falar de amor'. Só que passa cinco minutos e eu já estou lá de novo.""Pelejei", segunda faixa do disco, fala exatamente sobre uma tentativa de não se apaixonar, que foi pauta até de conselhos da mãe de.... Marina.
Tudo porque o crush em questão era simplesmente o produtor do disco, Iuri Rio Branco. Eles começaram a namorar durante o processo do 1º álbum, que foi feito com a Marina em Belo Horizonte e ele, em São Paulo.
"A gente nem se conheceu pessoalmente, foi tudo à distância. Já apaixonei antes de conhecer", diz, novamente rindo, ao lado dele na van.
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